terça-feira, 9 de maio de 2017

O Grémio Artístico (2.ª exposição, 1892)

Comecando pela exposição. de 1881, realisada n'uma sala da rua do Alecrim, em que figuraram 9 artistas e 73 obras, o nosso salão anual tem ido augmentando de maneira que á actual exposição concorrem ao artistas com cerca de 300 obras, e ainda não estão n'ella representados um grande numero dos artistas portuguezes, entre os quaes alguns dos mais conhecidos e talentosos, como os srs. Simões Almeida, Alberto Nunes, Ferreira Chaves, Moreira Rato. Columbano, D. Maria Augusta [Bordallo Pinheiro], Villaça, Sousa Pinto, Victorino Ribeiro, A. Keil, Teixeira Lopes, Thomaz Costa, José de Brito, Reis, etc. (1)

O último interrogatório do Marquês de Pombal (janeiro de 1780), José Malhoa,1891.
Imagem: Matriz.net

José Malhoa

O grande quadro do sr. Malhôa tem além d'outros esse grande merecimento: o de convencer toda a gente de que já se sabe pintar em Portugal.

Muitas pessoas que encolhiam os hombros deante de um quadro de Silva Porto, mesmo que elle fosse o "Logar da Pontinha" ou o "Moinho do Gregorio", porque — ora adeus! quadros de meio metro quadrado — diante d'aquella tela de 5m de comprido por 3,30 de alto, curvaram a cerviz, convenceram-se, não tiveram mais remedio senão declarar que realmente nós sambem temos artistas.

Uma grande parte dos quadros de figura da exposição são pintados pelo sr. Malhoa, um artista muito trabalhador, que se desforrou de só ter o anno passado exposto quatro trabalhos apresentando n'esta vez nada menos de quatorze, alguns muito grandes e quasi todos de dimensões mais do que medianas.

Sao elles, além do "Marquez de Pombal", dois retratos, dois estudos de figura, cinco paisagens com figura, dois estudos de animaes e duas paisagens.

Um dos retratos é o de El-Rei D. Carlos, feito para o tribunal de contas, muito parecido e em que ha as qualidades de execução do auctor do "Marquez de Pombal"; em especial a parte superior da cabeça é superiormente tratada.

O outro, que representa o príncipe da Beira, está por concluir, o que me surprehendeu bastante, pois que o jury (o mesmo do anno passado com differença de um dos seus membros) regeitou na primeira exposição trabalhos por estarem nessas condições.

Príncipe real D. Luis Filipe, José Malhoa, 1892.
Imagem: Tesouros de Portugal

Dos outros trabalhos do artista são mais notareis o "Gritando ao rebanho", que lembra muito a "Caça aos taralhões" exposta o anno passado pelo sr. Pinto, e que, á parte o primeiro plano, é excellente;

o "Almoço para o pae", feito na sua ultima maneira, de toque esmiuçado e aspecto um tanto vaporoso, em que o pequeno tem um pé mal desenhado, mas excellente de perspectiva aerea e bonito na sua tonalidade molle e delicada;

Almoço para o pae, José Malhoa, 1891.
Imagem: O Coelho a ver passar o combóio...

a "Rega dos alfobres", tambem de aspecto muito agradaval e que, assim como o "Crepusculo" [v. O «Crepúsculo» da Dona Amélia (c.1892)], tira o seu afeito do contraste da luz e da sombra, muito predilecto do artista;

uma cabeça de burrico lanzudo, "Pensando no caso" philosophicamente; e finalmente "As aboboras", que já figurou na exposição do Grupo de Leão em 1889 e curioso como motivo de comparação entre as diversas maneiras do artista.

Porque nenhum dos nossos artistas tem variado tanto na maneira de pintar como o sr. Malhoa. Ao contrario de outros artistas que chegam a ser monotonos e massadores para não sahirem de uma maneira sua, especial, diferente da de todos os mais, especie de etiqueta com que marcam os seus trabalhos, o sr. Malhoa parece antes ter a peito mostrar que é capaz de pintar como qualquer outro, procurar constantemente novas maneiras e novos processos, mostrando um espirito mais curioso do que prolundo, facilmente impressionavel mas pouco constante.

Assim, as figuras do "Marquez de Pombal", do Almoço para o pae", da "Ultima golta", do "Gritando ao rebanho", da "Rega dos alfobres" e do "Retrato de madame Caupers"; assim como as maneiras de interpretar a paisagem nas "Aboboras", nos "Castanheiros em dezembro" e n'alguns d'aquelles teem entre si diferenças bastante salientes para que esses quadros pudessem ser attribuidos a diferentes artistas, comquanto haja entre elles um certo parentesco, que, talvez "malgré lui", não pode deixar de lhe imprimir o talento do artista, e que, apesar da sua volubilidade, faz distinguir os seus quadros entre quaesquer outros.

Primeiras tentativas [cf. O Coelho a ver passar o combóio...], José Malhoa, 1891.
Imagem: artnet

Ao que acabo de dizer fazem excepção as "Primeiras tentativas" e o "Gritando ao rebanho", que varias pessoas attribuiram ao sr. Pinto, tanto elles se parecem com a "Caça aos taralhões" e com os dois quadros agora expostos por este artista, "A caça aos grilos" e Adormecido". 

Todos elles teem a mesma paisagem de um verde escuro, a mesma luz mais ou menos vaga e crepuscular, as mesmas figuras ao centro, no primeiro plano, ora um ora dois pequenos. Por isso o publico, que o anno passado soltou um brado unanime de admiração perante a "Caça aos taralhões", este anno ficou bastante frio deante dos quadros enviados pelo sr. Pinto, — e tambem dos dois do sr. Malhoa. 

É que são variações de mais ao mesmo thema. Ainda se fossem do mesmo artista, mas de dois! O caso fez-lhe especie... 

Manuel Henrique Pinto

No entranto em ambos os novos quadros do sr. Pinto ha as mesmas qualidades de composição e factura da famosa "Caça aos taralhões. 

Na "Caça aos grilos" os dois petizes são bem estudados; especialmente a attitude do que está de costas, com as calças rachadas ao fundo das ditas, é muito natural e bem apanhada, todo attento para a toca, d'onde o outro com uma palha está a fazer sahir o bicho. 

A caça aos grilos, Manuel Henrisue Pinto, 1891.
Imagem: O Coelho a ver passar o combóio...

O primeiro plano é excellentemente tratado; na parte superior, porém, ha falta de ar e o garoto das calças rachadas tem a mão direita mal desenhada.

No outro ["Adormecido"] o rapaz, que dorme n'uma posição bem pouco natural (de resto no meu tempo os garotos brincavam de dia e dormiam de noite), está bem pintado; o rosto, em especial, é notavelmente modelado. E a paisagem é sambem superior á do primeiro; a perspectiva aerea é mais bem observada e o lado esquerdo é especialmente muito bonito de côr, de um verde fresco e justo de tom.

Emília Santos Braga

Um quadro que lambem enganou algumas pessoas (a mim, por exemplo), que á primeira vista o attribuiram ao sr. Malhoa, tanto elle fez lembrar alguns trabalhos d'este senhor, foi o "Estudo" da sr.. D. Emilia Santos Braga, representando uma senhora decotada e que se via logo á entrada da primeira sala.

A parecença era, de resto, natural pois que aqueda senhora, segundo diz o catalogo, é discípula do sr. Malhoa, não sendo pois de admirar que alta siga a maneira do mestre. (2)

Silva Porto

Se o grande quadro do sr. Malhôa é de todas as obras expostas a que mais chama a attenção, o quadro grande do sr. Silva Porto é sem duvida o mais bello e o mais perfeito trabalho da exposição.

Como de costume, o grande artista expõe juntamente com outros quadros pequenos um de maiores dimensões, que representa a "Barca de passagem de Serreleis", e é uma admiravel obra prima.

Barca de passagem em Serreleis [Viana do Castelo], Silva Porto, 1892.
Imagem: Matriz.net

A "Barca de passagem" é, a meu ver, o primeiro da collecção dos seus quadros grandes, é uma obra que se pode pôr a par das de qualquer grande paisagista estrangeiro, e que o governo devia adquirir, a despeito de todas as crises; para o Museu Nacional, onde occuparia o togar d'honra na sala da pintura portugueza contemporanea.

Além d'essa expõe o artista ainda outras obras de primeira ordem. O "Rio Ave", por exemplo, tem todas as qualidades de perfeição e encanto da "Barca de passagem" é uma joia da mais fina agua.

Outra joia de não menos valor é a "Cabeça de camponeza", deliciosa de verdade e expressão ; como é surprehendente e' magistral a cabeça e sobretudo o olhar do velho pescador, do pequenino quadro "Á beira mar".

Encantador sambem o "Logar do Prado", de uma tonalidade quente e harmoniosa;

soberbo de execução e flagrante de verdade o intitulado "Na praia"; 

magnificos os "Cavallos" bebendo e muito bonitos a "Primavera", um fresco trecho dos arredores de Lisboa e a "Rapariga a dobar", um pittoresco costume minhoto.

Marques de Oliveira

Depois de tratar de Silva Porto occorre-me naturalmente fallar do sr. Marques d'Oliveira, o mestre do norte. Não porque os trabalhos de um se pareçam com os do outro, que não parecem. Emquanto o sr Silva Porto pinta de preferencia os aspectos alegres, luminosos e quentes, os quadros do sr. Marques d'Oliveira distinguem-se geralmente por uma tonalidade pallida e morna, que dá uma impressão de branda e delicada melancolia.

Mas une-os uma qualidade commum, que se encontra igualmente nos seus trabalhos e em grau superior aos dos outros artistas: a intensidade de impressão que d'elles emana, o sentimento profundo da poesia intima das coisas, dos aspectos, das harmonias da natureza.

É que um e outro a vêem não só com os olhos mas tambem com o coração: pode applicar se lhes com propriedade a phrase de Virgílio — "arcades ambo" [ambos são da Arcádia].

Todos de aspecto pouco vistoso e, a não ser no primeiro, até um pouco pardacento, o sr. Marques d'Oliveira espõe seis quadros, dos quaes, pela perfeita observação dos valores e entoação justa, são de primeira ordem "O moinho", "Habitações de pescadores", o "Caminho enxarcado" e "Esperando os barcos". n'este ha uma rapariga sentada sentada na praia, com os braços cruzados sobre o joelho, que é um pedaço verdadeiramente de mestre.

À espera dos barcos, Marques de Oliveira, 1892.
Imagem: Biblioteca Nacional de Portugal

E dos outros, em especial o que representa as "Habitaçtes de pescadores", ao fundo de um pequeno trato de terreno, de uma tonalidade suave e doce, em que os telhados vermelhos põem uma nota delicadamente alegre, é um dos mais bonitos da exposição. (3)

Veloso Salgado

O sr. Salgado. certamente um dos nossos mais esperançosos artistas, expõe urna .grande tela decorativa, que intitulou Amor e Psiche.

Amor e Psyche, Veloso Salgado, 1891.
Imagem: MNAC

Eu não comprehendo muito bem como a scena representada pelo artista se pode entender com a celebre legenda que Apuleu [Apuleio] intercallou no seu Burro d'oiro.

Expõe mais o sr. Salgado uma magnifica paisagem, em que ha uma bellissima athmosphera crespuscular; uma bonita cabeça em estylo gothico ; uma phantasia intitulado "Hamlet", muito notavel como execução, e que representa uma especie de mulato com expressão risonha contemplando uma medalha, e destacando n'um fundo de gemma d'ovo; e outros trabalhos em que ainda se revela o talento do artista mas menos interessantes.

Luciano Freire

Outro artista de que a pintura portugueza tem muito a esperar, o sr. Luciano Freire, apresenta dois quadros notabilissimos e que mostram um espirito perfeitamente orientado. Um d'elles é lambem um quadro decorativo e intitula-se "Ilha dos Amores". 

O outro quadro do sr. Freire representa uma raparia dando "A Ração" a uma vitella que por traz d'ella está de orelhas estendidas e olhos fitos, mirando attentamente, assim como a rapariga, alguem ou alguma coisa que lhe despertou vivamente a attenção.

António Ramalho

Entre os poucos retratos que este anno figuram na exposiçao tem o primeiro togar o "Retrato de creança" do sr. Antonio Ramalho, um dos mais valentes e conscienciosos da nossa escola moderna, que está adquirindo entre nós o titulo de mestre na especialidade dos retratos de creanças.

O Retrato de creança que elle expõe este anno (e tenho pena que não tenha exposto mais dois que eu vi no seu atelier) representa uma pequenitta de olhos pretos, faces rosadas, com duas covinhas na barba, fazendo com a bocca um engraçado momo, e de cabello castanho e anellado cahindo sobre uma romeira de pellucia vermelha. 

Expõe mais o distincto artista, dois quadros representando aspectos do claustro de Cellas, tão interessante como especimen da architectura romanica em Portugal. 

O maior d'elles, "No claustro de Cellas", representa o claustro visto de dentro de uma das galerias lateraes. No banco que segue ao longo da arcaria, revestido de magnificos azulejos, está sentada uma senhora desenhando, e por entre as columnas, de curiosos capiteis figurados, avista-se o pateo arborisado e o lado de lá do edificio.

(Senhora no claustro)
No claustro de Cellas, António Ramalho, 1891.
Imagem: Veritas

O outro, "Um canto do claustro" [mosteiro de Celas], em que as plantas sobem pelas paredes numa desordem pittoresca e luxuriante. é tambem excellente e muito bonito.

Um canto do Claustro, António Ramalho, 1891.
Imagem: YouTube

Expõe ainda o sr. Ramalho um quadro magnifico, mas prejudicado bastante no effeito pelo formato, que o amesquinha. É uma representação da celebre "Bocca do inferno", em Cascaes, onde se vê um canto do mar e um pedaço das rochas, fortemente alumiadas, e de uma grande justeza de tons.

Rodrigues Vieira

Do claustro de Cellas mandou-nos tambem dois quadros o sr. Vieira, um dos antigos companheiros do Grupo do Leão, de alegre memoria, e hoje professor da Universidade, que o tem infelizmente afastado quasi de todo do mundo da arte, em que lhe pertencia um dos primeiros logares pelo seu real temperamento de artista.

A prova d'esse temperamento está, por exemplo, no seu bello quadro "A orchidea", que representa uma freira, de habito branco cahindo em linhas de uma grande belleza, que desce a escadaria do claustro com um vaso de flores n'um braço e contemplando uma flor amorosamente.

É um trabalho que revela um verdadeiro artista na delicadeza da composição, na elegancia da figura e na finura da intenção. É pena somente que o artista não tenha tratado mais cuidadosamente o rosto e as mãos da sua figura, cuja execução desleixada impede este bello quadro de ser um trabalho de primeira ordem.

O "Claustro abandonado" representa tambem o claustro de Cellas, mas visto do pateo, e mostrando a parte exterior da galeria de que o sr. Ramalho pintou o interior.

Clausto abandonado (Claustro do mosteiro de Celas), Rodrigues Vieira, 1891.
Imagem: Matriz.net

É um trabalho excellente. de tonalidade mais escura do que n'aquelle mas bem executado, como são excellentes os "Fructos" expostos pelo mesmo artista, mas que ainda assim me fazem saudades dos fructos e flores que o sr. Vieira expunha noutros tempos [v. tema: Grupo do Leão].

Josefa Greno

A sr.a D. Josefa Greno, sem apresentar nenhum trabalho comparavel ao "Melão francez" do anno passado, sustenta no entanto os seus creditos de eximia pintora de flores.

Dos seus quadros são especialmente notaveis os "Malvaiscos e fructos", as "Rosas e despedidas de verão" e os "Fructos", tratados com a maestria que lhe é habitual; o "Cesto de rosas", de tonalidade delicada e composição muito feliz, e as "Estrellas do Egypto", tambem muito bonito de aspecto; e ainda as "Rosas" e as "Rosas e papoulas", de factura vigorosa e quentes de cor.

Das paisagens expostas pela mesma senhora, bastante inferiores ás suas flores, é ainda assim muito agradavel de aspecto a Devesa do Cumulo, numa gamma delicada e branda. (4)

Ernesto Condeixa

Do sr. Condeixa ha tombem na primeira sala uma magnifica "Cabeça de estudo" e duas paisagens excellentes, a "Ribeira de Alcantâra em Campolide", de uma bella atmosphera do poente, e a "Estrada de Campolide", um bom aspecto de inverno; com as suas arvores de um tom amarellado, mias] despidas de folhagem, com muito ar, magnifica de execução.

Ribeira de Alcatifara em Campolide (Paisagem com rio).
Ernesto Condeixa, c. 1891.
Imagem: Palácio do Correio Velho

João Vaz

O sr. Vaz, além de um grande numero de quadros medianos e pequenos, apresenta este anno um quadro de grandes dimensões representando o "Desembarque de peixe em Setubal".

Desembarque de peixe em Setúbal, João Vaz, 1891.
Imagem: Largo da memória

Apesar de haver n'elle as qualidades habituaes do nosso pintor do Sado, aguas de uma bella transparencia, atmosphera luminosa, figuras bem desenhadas. esse quadro não agrada. Tem coisas de mais, muitas pessoas, muitos barcos, dispostos a troxe-moxe, sem cuidado pela composição.

O artista podia dar ainda alguma serenidade áquella confusão, áquelle amontoamento, se lhe tem posto por cima um céu limpido e calmo; mas não, a atmosphera está lambem cheia de nuvensinhas: barulho em cima e barulho em baixo, barulho por toda a parte.

Póvoa do Varzim (Praia da Póvoa do Varzim), João Vaz,  1891.
Imagem: Matriz.net

São-lhe muito superiores alguns dos seus quadros mais modestos em grandeza: a "Furna do inferno", por exemplo, uma bella marinha, muito justa de tons; os "Barcos do Sado", muito bonito e excellente de execução; a "Povoa de Varzim", tambem magnifico de execução, comquanto o mar, em que alvejam vellas brancas ao longe, se pareça muito com as aguas do seu predilecto Sado; e ainda "A praia" (Setúbal), "Canoa na praia" (não catalogado) e S. Domingos (Vianna do Castello), todos muito bem tratados e estes dois muito bonitos. (5)

2.ª exposição do Grémio Artístico, 1892.
Imagem: O Occidente N.º 480, 21 de abril de 1892

De entre os restantes expositores na pintura [...] (6)


(1) O Occidente N.º 480, 21 de abril de 1892
(2) O Occidente N.º 482, 11 de maio de 1892
(3) O Occidente N.º 480, 21 de abril de 1892
(4) O Occidente N.º 481, 1 de maio de 1892
(5) O Occidente N.º 482, 11 de maio de 1892
(6) O Occidente N.º 483, 21 de maio de 1892

Leitura relacionada:
O Coelho a ver passar o combóio...

Leitura adicional:
Ribeiro Arthur, Arte e artistas contemporaneos (I), 1896
Zacharias d'Aça, Lisboa moderna, Lisboa, Viuva Tavares Cardoso, 1907
Nuno Saldanha, José Vital Branco MALHOA (1855-1933): o pintor, o mestre e a obra
M. A. O. Costa Mendes, O pintor Marques de Oliveira (1853-1927), Lisboa, ACD, 2015

Temas: Pintura, Grupo do Leão

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