Garrett, que parecia de animo desanuviado, deu largas á fecunda
palavra.
Ao café appareceu José Maria Grande, que vinha convidar-nos a passar a tarde no Jardim Botânico, onde tinha ido ser sua hospeda uma familia da nossa primeira sociedade.
Quando, á noite, nos reunimos na casa do Jardim Botânico, entre outras pessoas, éramos — as que havíamos jantado na Ajuda, e a mais o conde de Belmonte, e D. João e D. Gastão da Gamara. Restam vivos Carvalhal, D. Gastão e eu.
Animando a sala havia duas senhoras; uma casada, outra solteira. Ambas também já não pertencem ao numero dos vivos! A solteira era alta, delgada ; a cinta estreita; o pé andaluz; as mãos finas; a cabeça pequena, o cabello loiro, com reflexos de fogo, e ás ondas.
Ao café appareceu José Maria Grande, que vinha convidar-nos a passar a tarde no Jardim Botânico, onde tinha ido ser sua hospeda uma familia da nossa primeira sociedade.
Quando, á noite, nos reunimos na casa do Jardim Botânico, entre outras pessoas, éramos — as que havíamos jantado na Ajuda, e a mais o conde de Belmonte, e D. João e D. Gastão da Gamara. Restam vivos Carvalhal, D. Gastão e eu.
Animando a sala havia duas senhoras; uma casada, outra solteira. Ambas também já não pertencem ao numero dos vivos! A solteira era alta, delgada ; a cinta estreita; o pé andaluz; as mãos finas; a cabeça pequena, o cabello loiro, com reflexos de fogo, e ás ondas.
Caricatura de Garrett defronte da viscondessa da Luz, A Matraca, 1848. Por largo campo, indómita e fremente Corre a revolução, Da vossa Luz a rápida torrente Me alegra o coração Cartas de amor à viscondessa da Luz |
A bocca, pequena e vermelha, sorrindo, juvenil e alegre, deixava entrever duas renques de pérolas. Os olhos azues, e via-se n'elles o azul crystalino e ethereo da sua alma angélica!
Amava cegamente, e tinha deante dos olhos aquelle, a quem, d'alli a quatro annos contados, havia de entregar o seu apaixonado coração de amante e de esposa.
Esta senhora chamava-se:
Rosa de Montufar, Viscondessa da Luz. Cartas de amor à viscondessa da Luz |
A meio da noite pediram, com viva instancia, versos. Recitei o Adeus das Folhas caídas, então inéditas. A disposição dos espiritos, a novidade e extraordinária belleza d'aquelles versos, a presença do auctor, tudo concorreu, para que a sensação produzida fosse grande. Garrett sabia dominar-se; porém a muito custo conteve a commoção.
Piquenique na Quinta do Palheiro Ferreiro, Tomás da Anunciação, 1865. D. António Leandro da Câmara Carvalhal Esmeraldo Atouguia Bettencourt de Sá Machado, 2.º Conde de Carvalhal, grande proprietário, nascido em 1834, casado em 1854 com D. Matilde Montufar Infante, filha dos Marqueses de Selva Alegre em Espanha. Desse casamento nasceram duas filhas, D. Maria da Câmara, Condessa de Resende e D. Teresa da Câmara, Condessa de Ribeiro Real [Bulhão Pato confundo os nomes de Rosa e Matilde]. Imagem: Museu Quinta das Cruzes |
N'este momento, mais do que nunca, a imagem serena e resignada, que se invocava n'aquelles versos, devia pungil-o no centro do coração, e na fibra do remorso!
Oh! vae-te, vae, longe, embora!
Que te lembre sempre e agora
Que não te amei nunca...
Ai! não; E que pude, a sangue frio,
Covarde, infame, villão,
Gosar-te — mentir sem brio.
Sem alma, sem dó, sem pejo,
Commettendo em cada beijo
Um crime... Ai! triste, não chores,
Nâo chores, anjo do ceu,
Que o deshonrado sou eu.
[v. o texto integral]
No resto d'essa noite, nos bellos olhos, e no rosto do poeta, serenavam, a custo, as ondas de uma tempestade!
FOLHAS CAHIDAS
Dos editores
Cumpre se a promessa feita no primeiro volume desta collecção reunindo aqui, em segunda edição muito augmentada e correcta, as Folhas cahidas.
Apezar de estarem no prelo desde 1851, o auctor tinha descuidado na primeira edição o seu habitual escrúpulo de rever e corrigir; e não teve paciência para as augmentar com muitas peças que agora vão, e que então não estavam postas a limpo. Trabalhos mais sérios o distrahiram durante os dois annos que levaram a imprimir tam poucas paginas.
Julgou-se agora melhor dividir em dois livros o que, assim augmentado, ficaria demasiado para um só.
Maio — 1853.
Advertência (do auctor na primeira edição)
Antes que venha o inverno e disperse ao vento essas folhas de poesia que por ahi cahiram, vamos escolher uma ou outra que valha a pena conservar, ainda que não seja senão para memoria.
A outros versos chamei eu já as ultimas recordações de minha vida poetica. Enganei o publico, mas de boa fé, porque me enganei primeiro a mim. Protestos de poetas que sempre estão a dizer adeus ao mundo, e morrera abraçados com o louro — ás vezes imaginário, porque ninguém os coroa.
Eu pouco mais tinha de vinte annos quando publiquei certo poema, e jurei que eram os últimos versos que fazia. Que juramentos!
Se dos meus se rirem, têem razão; mas saibam que eu também primeiro me ri d'elles. Poeta na primavera, no estio e no outomno da vida, heide sel-o no inverno se lá chegar, e heide sei o em ludo. Mas dantes cuidava que não, e n'isso ia o erro.
Os cantos que formam esta pequena collecção pertencem todos a uma epocha de vida intima e recolhida que nada tem com as minhas outras colleções.
Essas mais ou menos mostram o poeta que canta deante do publico. Das Folhas Cahidas ninguém tal dirá, ou bem pouco entende de stylos e modos de cantar.
Não sei se são bons ou maus estes versos; sei que gosto mais d'elles do que de nenhuns outros que fizesse. Porque? É impossivel dizel o, mas é verdade. E como nada são por elle nem para elle, é provável que o publico sinta bem diversamente do auctor. Que importa?
Apezar de sempre se dizer e escrever ha cem mil annos o contrario, parece me que o melhor e mais recto juiz que pôde ter um escriptor, é elle próprio, quando o não cega o amor próprio. Eu sei que tenho os olhos abertos, ao menos agora.
Custa-lhe a uma pessoa, como custava ao Tasso, e ainda sem ser Tasso, a queimar os seus versos, que são seus filhos; mas o sentimento paterno não impede de vêr os defeitos das crianças.
Emfim, eu não queimo estes consagrei os "Ignolo deo". E o deus que os inspirou que os anniquille se quizer: não me julgo com direito de o fazer eu.
Ainda assim, no "Ignolo deo" não imaginem alguma divindade meia-velada com cendal transparente, que o devoto está morrendo que lhe caia para que todos a vejam bem clara. O meu deus desconhecido é realmente aquelle mysterioso, occulto e não definido sentimento d'alma que a leva ás aspirações de uma felicidade ideal, o sonho de oiro do poeta.
Imaginação que porventura se não realisa nunca. E d'ahi quem sabe? A culpa é talvez da palavra, que é abstracta de mais. Saúde, riqueza, miséria, pobreza, e ainda coisas mais materiaes, como o frio e o calor, não são se não estados comparativos, approximativos. Ao infinito não se chega, porque deixava de o ser em se chegando a elle.
Logo o poeta é louco, porque aspira sempre ao impossivei. Não sei. Essa é uma disputação mais longa.
Mas sei que as presentes "Folhas cahidas" representam o estado d'alma do poeta nas variadas, incertas e vacillantes oscillaçóes do espirito que, tendendo ao seu fim único, a posse do "ideal", ora pensa tel o alcançado, ora estar a ponto de chegar a elle, — ora ri amargamente porque reconhece o seu engano — ora se desespera de raiva impotente por sua credulidade van.
Deixae o passar, gente do mundo, devotos do poder, da riqueza, do mando, ou da gloria. Elle não entende bem d'isso, e vós não entendeis nada d'elle.
Deixae o passar, porque elle vae onde vós não ides; vae, ainda que zombeis d'elle, que o calumnieis, que o assassineis. Vae. porque é espirito, e vós sois matéria.
E vós morrereis, elle não. Ou só morrerá d'elle aquillo em que se pareceu e se uniu comvosco. E essa falta que é a mesma de Adão, também será punida com a morte.
Mas não triumphais, porque a morte não passa do corpo, que é tudo em vós, e nada ou quasi nada no poeta.
Janeiro — 1853. (1)
Garrett
preguiçava, mas aquellas horas de preguiça eram como as de Byron. De
quando em quando do "dolce far niente", que os italianos entendem por
fazer aquillo de que se gosta, saia uma flor delicada e perfumadíssima,
que iria enlaçar-se na graciosa grinalda das "Folhas Caídas". Garrett, n'essa época, estava na força da vida, tinha quarenta e oito annos, mas havia muito que lhe chamavam velho.
(1) Teophilo Braga, Obras completas de Almeida Garrett, Volume I, 1904
Referências externas:
Obras de Almeida Garrett na Biblioteca Nacional de Portugal
Obras de Almeida Garrett em archive.org
Almeida Garrett, Obras Completas, Vol. I (com ilustrações de Joaquim Manuel de Macedo)
Almeida Garrett, Obras Completas, Vol. II (com ilustrações de Joaquim Manuel de Macedo)
Leitura relacionada:
Teophilo Braga, Obras completas de Almeida Garrett, Volume I (pesquisa: fado)
Almeida Garrett e a fundação do Romantismo português
Intertextualidades entre a Balada romântica portuguesa e o Fado oitocentista
O Fado e a questão da identidade
Artigos relacionados:
Almeida Garrett (notas biográficas)
Almeida Garrett por Bulhão Pato: no eremitério
Almeida Garrett por Bulhão Pato: na vida íntima
Almeida Garrett por Bulhão Pato: o jantar ao poeta...
Almeida Garrett por Bulhão Pato: as Folhas caídas
O partido setembrista, Lisboa 1836
Manoel da Silva Passos, Lisboa 1836
O retiro de um velho romântico
Almeida Garrett
Garretismo
Os pincéis do Neogarretismo prévio
Internet Archive (referências biográficas):
Domingos Manuel Fernandes, Biographia politico-litteraria..., 1873
Teophilo Braga, Historia do romantismo em Portugal... Garrett, Herculano, Castilho, 1880
Francisco Gomes de Amorim, Garrett, memórias biográficas, Tomo I, 1881
Francisco Gomes de Amorim, Garrett, memórias biográficas, Tomo II, 1884
Francisco Gomes de Amorim, Garrett, memórias biográficas, Tomo III, 1884
Alberto Bessa, Almeida Garrett no Pantheon dos Jeronymos, 1902
Alfredo de Pratt, O divino poeta, 1903
Latino Coelho, Garrett e Castilho, estudos biográficos, 1917
Internet Archive:(bibliografia):
Catão [1821], 2.a ed. 1830
Teophilo Braga, Obras completas de Almeida Garrett, Volume I, 1904
Teophilo Braga, Obras completas de Almeida Garrett, Volume II, 1904
...
Biblioteca Nacional de Portugal:
Bicentenário de Almeida Garrett
Roteiro bio-bibliográfico
Obras em formato digital
A Enciclopédia de Garrett Enciclopedista
Modernidade e Romantismo em Almeida Garrett
Viagens na Minha Terra: caminhos para a leitura de uma "embaraçada meada"
Modos de cooperação interpretativa na leitura escolar do Frei Luís de Sousa
A Question of Timing: Madalena's role as 'uma mulher à beira duma crise de nervos'
Catão em Plymouth
O Camões garrettiano
Um Auto de Gil Vicente and the Tradition of Comedy
Iconografia
Biblioteca Nacional de Portugal (bibliografia):
Hino Patriótico (poema), Porto 1820, folheto impresso [Recuper. por Teófilo Braga, in Garrett e os Dramas Românticos, Porto 1905]
Proclamações Académicos, Coimbra 1820, folhetos mss. [Reprod. in O Patriota, nº 67 (15 Dez.), Coimbra 1820]
Ao corpo académico (poema), in Colecção de Poesias Recitadas na Sala dos Actos Grandes da Universidade [...], Coimbra 1821 [Recuper. por Martins de Carvalho, in O Conimbricense, Ano XXVII, nº 2823 (14 Ag.), Coimbra 1874]
O Dia Vinte e Quatro de Agosto (ensaio político), Lisboa Ano I (1821)
O Retrato de Vénus (poema), Coimbra Ano I (1821) [Incl.: Ensaio sobre a História da Pintura]
Catão. Tragédia, Lisboa Ano II (1822) [Incl.: O Corcunda por Amor, farsa, co-autoria de Paulo Midosi]
Aos Mortos no Campo da Honra de Madrid. Epicédio, folheto [reprod. do Jornal da Sociedade Literária Patriótica, 2º trim., nº 18 (13 Set.), Lisboa 1822, vol. II, pp. 420-423]
Oração Fúnebre de Manuel Fernandes Tomás, Lisboa 1822, opúsculo [Colig. in Discursos e Poesias Fúnebres [...], Celebradas para Prantear a Dor e Orfandade dos Portugueses, na Morte de Manuel Fernandes Tomás, Lisboa 1823]
Camões. Poema, Paris 1825
Dona Branca, ou A Conquista do Algarve (poema), Paris 1826
Da Europa e da América e de Sua Mútua Influência na Causa da Civilização e da Liberdade (ensaio político), in O Popular, jornal político, literário e comercial, vol. IV, nº XIX (Mai.), Londres 1826, pp. 25-81
Bosquejo da História da Poesia e da Língua Portuguesa, in Parnaso Lusitano ou Poesias Selectas dos Autores Portugueses Antigos e Modernos, vol. I, Paris 1826 [Incl.: introdução A Quem Ler]
Carta de Guia para Eleitores, em Que se Trata da Opinião Pública, das Qualidades para Deputado e do Modo de as Conhecer (ensaio político), Lisboa 1826, opúsculo Adozinda. Romance (poema), Londres 1828 [Incl.: Bernal Francês]
Lírica de João Mínimo, Londres 1829
Lealdade, ou a Vitória da Terceira (canção), Londres 1829, folheto Da Educação. Livro Primeiro. Educação Doméstica ou Paternal, Londres 1829
Portugal na Balança da Europa. Do Que Tem Sido e do Que Ora Lhe Convém Ser na Nova Ordem de Coisas do Mundo Civilizado (ensaio político), Londres 1830
Elogio Fúnebre de Carlos Infante de Lacerda, Barão de Sabroso, Londres 1830, folheto Carta de M. Cévola, ao futuro editor do primeiro jornal liberal que em português se publicar (panfleto político), Londres 1830 [Pseud.: Múcio Cévola, 2ª ed. transcrita in O Pelourinho, nº V, Angra [1831?, com o título Carta de M. Cévola, oferecida à contemplação da Rainha, a senhora Dona Maria segunnda]
Relatório dos decretos nº 22, 23 e 24 [reorganização da fazenda, administração pública e justiça], Lisboa 1832, folheto [Reprod. in Colecção de Decretos e Regulamentos [...], Lisboa 1836]
Manifesto das Cortes Constituintes à Nação, Lisboa 1837, folheto [Reprod. in Diário do Governo, nº199 (24 de Ag.), Lisboa 1837]
Da Formação da Segunda Câmara das Cortes. Discursos Pronunciados nas Sessões de 9 e 12 de Outubro, Lisboa 1837
Necrologia [do conselheiro Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato], in O Constitucional, nº 272 (13 Dez.), Lisboa 1838 [Relatório ao] Projecto de lei sobre a propriedade literária e artística, in Diário da Câmara dos Deputados, Vol. II, nº 35 (18 Mai.), Lisboa 1839
Discurso do Sr. Deputado pela Terceira, J. B. de Almeida Garrett, na Discussão da Resposta ao Discurso da Coroa, Lisboa 1840 [Discurso dito do Porto Pireu, em resposta a José Estevão] Mérope, tragédia.
Um Auto de Gil Vicente, drama, Lisboa 1841.
Discurso do Sr. Deputado por Lisboa J. B. de Almeida Garrett na Discussão da Lei da Décima , Lisboa 1841, folheto
O Alfageme de Santarém, ou a Espada do Condestável, Lisboa 1842
Elogio Histórico do Sócio Barão da Ribeira de Saborosa, in Memórias do Conservatório Real de Lisboa, Tomo II (8), Lisboa 1843
Memória Histórica do Conselheiro A. M. L. Vieira de Castro, biografia, Lisboa 1843, folheto [Anón., sobre o ministro setembrista António Manuel Lopes Vieira de Castro]
Romanceiro e Cancioneiro Geral, Lisboa 1843 [Incl.: Adozinda (2ª ed.) e outros «romances reconstruídos»]
Miragaia, Lisboa 1844, folheto impresso [de Jornal das Belas Artes] Frei Luís de Sousa, drama, Lisboa 1844 [Incl.: Memória. Ao Conservatório Real, lida na representação do drama no teatro da Quinta do Pinheiro em 4 de Julho 1843]
O conselheiro J. B. de Almeida Garrett [Autobiografia], in Universo Pitoresco, nº 19-21, Lisboa 1844 [Carta sobre a origem da língua portuguesa], ensaio literário, in Opúsculo Acerca da Origem da Língua Portuguesa [...] por dois sócios do Conservatório Real de Lisboa, Lisboa 1844
O Arco de Santana. Crónica portuense, romance, vol. I, Lisboa 1845 [Anón.]
Os Exilados, À Senhora Rossi Caccia, poesia, Lisboa 1845, folheto [Reprod. in Revolução de Setembro, nº 1197 (31 Mar.), Lisboa 1845, p. 2, anónimo e título A Madame Rossi Caccia, cantando no baile de subscrição a favor dos emigrados]
Memória Histórica do Conde de Avilez, biografia, in Revolução de Setembro, nº 1210 (15 Abr.), Lisboa 1845
Flores Sem Fruto (poesia), Lisboa 1845
Da Poesia Popular em Portugal, ensaio literário, in Revista Universal Lisbonense, Tomo V, nº 37 (5 Mar.) – 41 (2 Abr.), Lisboa 1846; [cont. sob título:]
Da Antiga Poesia Portuguesa, in id., Tomo VI, nº 9 (23 Jul.), 13 (20 Ag.), Lisboa 1846
Viagens na Minha Terra, romance, 2 vols., Lisboa 1846
Filipa de Vilhena, comédia, Lisboa 1846 [incl.: Tio Simplício, comédia, e Falar Verdade a Mentir, comédia]
Parecer da Comissão sobre a Unidade Literária, in Revista Universal Lisbonense, nº 16 (10 Set.), Lisboa 1846, vol. VI, sér. II, pp. 188-189 [dito Parecer sobre a Neutralidade Literária, da Associação Protectora da Imprensa Portuguesa, assinado por Rodrigo da Fonseca Magalhães, Visconde de Juromenha, A. Herculano e João Baptista de A. Garrett]
Sermão pregado na dedicação da capela de Nª Srª da Bonança, folheto, Lisboa 1847 [raro, reproduzido com o título Dedicação da Capela dos Srs. Marqueses de Viana (...) in Escritos Diversos, Lisboa 1899,
Obras Completas, vol. XXIV, pp. 281-284, redac.: Lisboa 1846]
Memória Histórica da Excelentíssima Duquesa de Palmela, Lisboa 1848 [folheto]
Memória Histórica de J. Xavier Mouzinho da Silveira, Lisboa 1849 [separ., reprod. de A Época. Jornal de indústria, ciências, literatura, e belas-artes, nº 52, tom. II, pp. 387-394]
O Arco de Santana. Crónica Portuense, romance, vol. II, Lisboa 1850
Protesto Contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa, abaixo-assinado, folheto, Lisboa 1850 [Subscrito, à cabeça, por Herculano e mais cinquenta personalidades, contra o projecto de «lei das rolhas» apresentado pelo governo]
Necrologia de D.ª Maria Teresa Midosi, in Diário do Governo, nº 221 (19 Set.), Lisboa 1950
Romanceiro, vols. II e III, Lisboa 1851
Cópia de uma Carta Dirigida ao Sr. Encarregado de Negócios da França em Lisboa, Lisboa (19 Agosto) 1852 [litogr., sobre o tratado de comércio e navegação com o governo francês, que assinou como ministro dos negócios estrangeiros]
O Camões do Rossio, comédia, Lisboa 1852 [co-autoria de Inácio Feijó]
Folhas Caídas, poesia, Lisboa 1853
Fábulas – Folhas Caídas, poesia, 2ª ed., Lisboa 1853
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