— Veiu trazel-a agora um criado do sr. Garrett.
Palácio da Ajuda e torre do relógio, Francesco Rocchini (1822 - 1895), c. 1868. Biblioteca Nacional de Portugal |
O dono da casa interrompeu o trabalho e abriu a carta. Era longa. No fim da leitura voltou-se para mim, com ar prasenteiro, e disse-me:
— Uma boa nova; o Garrett vem passar o resto da primavera e o verão comnosco.
Fiquei pulando de contente. Viver com o grande poeta debaixo dos mesmos tectos, aprecial-o no trato intimo, ouvir-Ihe, da própria boca, os episódios da sua vida tão aventurosa, tão cortada de lances notáveis, era o máximo a que podia aspirar a minha imaginação juvenil e ardentemente impressionavel por tudo quanto era litterario.
Raimundo António de Bulhão Pato (1828-1912). Hemeroteca Digital |
Preparou-se para o nosso hospede o quarto mais amplo e mais commodo que havia no eremitério.
Garrett mandou o seu saco de noite, uma pasta com manuscriptos, e o estojo de toilette, peça esta que, á primeira vista, podia parecer uma caixa de instrumentos cirúrgicos e juntamente uma botica portátil: tal era a quantidade de ferros cortantes em forma de canivetes, escalpellos e bisturis; as tesoiras de todas as dimensões, as pinças, as esponjas, de todos os tamanhos, e a enorme quantidade de frascos que encerravam finissimas essências combinadas pelos mais imaginosos e mais famosos perfumistas de Londres e Paris.
O dono da casa, vendo o estojo aberto diante do espelho, contemplou-o, como eu contemplava as notas, isto é, com os olhos arregalados de pasmo, e, passados alguns momentos, voltando-se para mim, disse com ar solemne:
— Ora veja o meu amigo de quantas cousas pôde precisar um homem n'este mundo!
Alexandre Herculano (1810-1877) Wikimedia Commons |
O auctor do "Fr. Luíz de Sousa" veiu para a Ajuda. Entravam os primeiros dias de maio.
O dono da casa dera liberdade plena aos seus hóspedes, para que os seus hospedes lh'a deixassem a elle também. Levantava-se às mesmas horas, almoçava e sentava-se á mesa do trabalho, como de ordinário.
Garrett preguiçava, mas aquellas horas de preguiça eram como as de Byron. De quando em quando do "dolce far niente", que os italianos entendem por fazer aquillo de que se gosta, saia uma flor delicada e perfumadíssima, que iria enlaçar-se na graciosa grinalda das "Folhas Caídas".
Garrett, n'essa época, estava na força da vida, tinha quarenta e oito annos, mas havia muito que lhe chamavam velho.
As gerações do romantismo literário em Portugal reunem-se na casa da Ajuda em 1849: Almeida Garrett (1799-1854), Alexandre Herculano (1810-1877) e Bulhão Pato (1828-1912). |
Como os poetas tem de ser calumniados em tudo, a elle até o calumniavam na idade, e auctorisavam a calumnia com o longo catálogo das suaa obras.
Não se lembravam de que o cantor de D. Branca, como o cantor de Leandro e Hero, balbuciára ainda na infância a lingua sonora dos immortaes!
Ás tardes discorriamos, com o dono da casa, pelo aprasivel Valle das Romeiras, onde Rebello da Silva passava uma temporada com Julio Caldas, e augmentada a romagem com mais dois companheiros, alargávamos, não raro, o passeio até ás proximidades de Carnaxide e Linda a Pastora.
Luiz Augusto Rebello da Silva (1822-1871) Wikipédia |
Se eu fosse stenographo e houvesse transcripto as conversações dos três, que escutava em silencio durante aquellas tardes, em vez d'estas paginas incolores teria o leitor o livro mais elegante, mais espirituoso, mais variado e original da litteratura portugueza!
Foi n'um d'esses passeios que Almeida Garrett delineou uma viagem monumental.
O plano era o seguinte:
Comprar-se um macho possante, para transportar bagagem e barraca de campanha.
O auctor do "Monge de Cister" daria três ou quatro mezes de ferias á "Historia de Portugal".
Rebello da Silva acompanhava. Correríamos a Beira, o Minho e Traz-os-Montes a pé, e a pequenas jornadas. Os três escreveriam um livro: na própria phrase de Garrett:
Chafariz de Guimarães, Augusto Roquemont, 1847. Imagem: Desde o tempo do barroco |
"Far-se-há chronica de quanto virmos e ouvirmos".
A viagem não se realisou, principalmente, pelo aspecto que foram tomando as cousas politicas.
Que bella chronica, que sumptuoso livro perdeu Portugal!
Findou a primavera, correu o verão, e só nas entradas do inverno é que Almeida Garrett regressou a Lisboa.
N'esse inverno, entre outras cousas, escreveu o capitulo de um romance, que deve existir entre os manuscríptos que legou o poeta.
A leitura do capitulo foi pretexto para um jantar.
Garrett morava então na calçada do Salitre. O fino tacto do grande escríptor respirava em todas as cousas que o cercavam.
Não era uma casa aquella — era um sanctuarío da arte!
Casa na rua Saraiva de Carvalho antiga rua de Santa Isabel onde faleceu Almeida Garrett. [Casas onde, em Lisboa, residiu Almeida Garrett] O Occidente, 30 janeiro 1899 |
A intuição, o gosto do seu espirito delicadíssimo, revelava-se no que apparentemente parecia mais insignificante.
Constavam os convivas de A. Herculano, Rebello da Silva, Lopes de Mendonça, Carlos Bento, D. António Jorge da Cunha Menezes e eu.
D. António de Menezes tinha intelligencia fina e coração nobilissimo.
Muito moço; alto, elegante, mas franzino e débil de compleição; os olhos claros; o olhar limpído, as pestanas longas. O vago ideal d'aquelles olhos fazia-nos scismar quando attentavamos n'elles.
A extrema pallidez do rosto prenanciava, já então, a terrível enfermidade que havia de arrebatal-o na flôr da vida.
Na belleza das feições, que tinham os primores e mimos feminis, respirava, ao .mesmo tempo, a virilidade da sua alma e o valor áo seu animo provado já no campo da batalha.
As mãos eram finas, mãos de rasa, como dizem os ingleses.
Corria-lhe nas veias fidalguissimo sangue. Seu pae represratava os Menezes de Africa, sua mae era D. Anna Mafalda da Cunha, irmã do conde da Cunha, D. José; varonia das mais provadas, das mais antigas e mais íllustres âe Portugal.
Hoje, até para um homem das minhas idéas, faz bem ver um aristocrata de velha rocha.
É uma cousa artística.
Desenjoa-sse a gente das gorduras de certos viscondes, que estoiram as luvas, por mais elastica que seja a pellica, com os nós das mãos ossudas e habituadas a puxar pelo cabo da enxada nativa, socia inseparável da sua linfancia.
Uma tradicção viva do passado em face d'este presente é cousa agradavel: faz-nos lembrar que já tivemos uma sociedade legahneitte constituida: sociedade de gente limpa e gente branca.
A distríbuiçao de fitas, de conmendas, de gran cruzes, de títulos, é o symptoma mais decisivo de que este systema que nos rege está a cair a pedaços.
Todos os íntemacíonaes do mundo — dos republicanos já se não falla (ao que parece, os republicanos são ultra-conservadores em presença dos que proclamam a liquidação social) —, todos os intemacionaes, digo, a noya seita que apavora o espirito e faz tremer as carnes do burguez rotundo e do banqueiro anafado, annunciam menos um novo génesis social do que esta ambição de tratamentos, de distincçoes, de gerarchia, de que toda a ge&te ri, mas que quasi toda a gente quer.
Quando a corrupção chega a lavrar no gosto, na lingua e nas idéas de uma sociedade, essa sociedade está irremediavelmente perdida.
Por exemplo:
A um canteiro, que pôde ser um artífice de bastante merecimento chama-se hoje um esculptor.
Aquelle que dentro de um troço de mármore vè o Moisés, a Psyche, ou as Graças, como o designaremos? Que nome se ha de dar a Miguel Angelo, a Pradier, a Canova e a Thorwaldsen?
Ao café pediram todos, com viva instancia a leitara do capitulo.
O poeta accedeu de boamente.
Garrett lia com primor. Tinha uma voz masculina, cheia, poderosa, quando se exaltava na tribuna: um pouco áspera talvez; mas, assim que o assumpto o pedia, modificava as inflexões e conseguia todos os effeitos da declamação correcta. Nada de enphatico, de piegas, de amaneirado.
Selo postal Almeida Garrett, 1957. Delcampe |
Declamava, como escrevia, com o mais apurado gosto e a maior naturalidade. Começou a leitura.
Recordo-me bem que o romance principiava de modo original. O primeiro capitulo era a descripção da morte da heroina.
Descripção admirável, como elle as fazia! Depois da leitura começou a discussão em que entraram: A. Herculano, Rebello da Silva, Lopes de Mendonça e Carlos Bento.
A discussão era sobre o desfecho. O poeta tinha dois meios de resolver o problema, mas não lhe agradava nenhum.
Depois de longo debate combinou-se um terceiro.
Carlos Bento tinha, n'esse tempo, grande enthasiasmo pelas letras, e, alem de ser conversador como ha muito poucos, possuia gosto finíssimo.
A politica, em que tem andado mettido de pés e cabeça — parece incrível — ainda não conseguiu acabar-lhe com isso!
Na entrada da primavera do anno seguinte o poeta voltou para o eremitério.
Casa de Alexandre Herculano na Ajuda, Largo da Torre, Alberto Carlos Lima, década de 1910. Arquivo Municipal de Lisboa |
Sentia-se na força da inspiração. Os versos, com o ardor dos vinte annos, desatavam-se de dia a dia. Ao mesmo tempo gisava as scenas do seu grande romance "Helena", de que ha pouco sairam os primeiros capítulos, formosos quadros, que deixam o leitor suspenso em ardente curiosidade.
Ah! porque descaiu mortal a mão do artista!
Parece que o poeta presentia já a morte quando, com sorriso melancólico, me recitava estes lindos e apaixonados versos:
Bem o vés, o alaúde caía-me
D'estas mãos que não tem já poder;
E o som derradeiro fugiu-me
Do hymno eterno que ergui ao nascer.
Ai! por ti, por ti só, á memoria
Vem saudades do tempo da gloria !
Uma fragata inglesa a chegar ao
Tejo frente à Torre de Belém, com uma fragata portuguesa ancorada ao
largo pela sua popa, Joseph, ou Giuseppe, Schranz, depois de 1834. Cabral Moncada Leilões |
Oh! os poetas, os poetas!... Só elles têm alma de pagar as volúveis carícias da mulher com a immortalidade! (1)
(1) Bulhão Pato, Sob os Ciprestes, 1877
Mais informação:
Arquivo Municipal do Porto: Documentos com referência a Garrett, Almeida. 1799-1854, escritor
Casa onde nasceu Almeida Garrett Archivo Pittoresco, 4.º Ano, n.º 7, 1861
XXIV Anniversário da morte d'Almeida Garrett, O Occidente, 15 dezembro 1878
Centenário de Almeida Garrett, O Occidente, 30 janeiro 1899
Casas onde, em Lisboa, residiu Almeida Garrett
Almeida Garrett na Hemeroteca Digital de Lisboa
Artigos relacionados:
O partido setembrista, Lisboa 1836
Manoel da Silva Passos, Lisboa 1836
O retiro de um velho romântico
Almeida Garrett
Garretismo
Os pincéis do Neogarretismo prévio
Internet Archive (referências biográficas):
Domingos Manuel Fernandes, Biographia politico-litteraria..., 1873
Teophilo Braga, Historia do romantismo em Portugal... Garrett, Herculano, Castilho, 1880
Francisco Gomes de Amorim, Garrett, memórias biográficas, Tomo I, 1881
Francisco Gomes de Amorim, Garrett, memórias biográficas, Tomo II, 1884
Francisco Gomes de Amorim, Garrett, memórias biográficas, Tomo III, 1884
Alberto Bessa, Almeida Garrett no Pantheon dos Jeronymos, 1902
Alfredo de Pratt, O divino poeta, 1903
Latino Coelho, Garrett e Castilho, estudos biográficos, 1917
Internet Archive:(bibliografia):
Catão [1821], 2.a ed. 1830
Teophilo Braga, Obras completas de Almeida Garrett, Volume I, 1904
Teophilo Braga, Obras completas de Almeida Garrett, Volume II, 1904
...
Biblioteca Nacional de Portugal:
Bicentenário de Almeida Garrett
Roteiro bio-bibliográfico
Obras em formato digital
A Enciclopédia de Garrett Enciclopedista
Modernidade e Romantismo em Almeida Garrett
Viagens na Minha Terra: caminhos para a leitura de uma "embaraçada meada"
Modos de cooperação interpretativa na leitura escolar do Frei Luís de Sousa
A Question of Timing: Madalena's role as 'uma mulher à beira duma crise de nervos'
Catão em Plymouth
O Camões garrettiano
Um Auto de Gil Vicente and the Tradition of Comedy
Iconografia
Obras digitalizadas de Garrett, Almeida
Biblioteca Nacional de Portugal (bibliografia):
Hino Patriótico (poema), Porto 1820, folheto impresso [Recuper. por Teófilo Braga, in Garrett e os Dramas Românticos, Porto 1905]
Proclamações Académicos, Coimbra 1820, folhetos mss. [Reprod. in O Patriota, nº 67 (15 Dez.), Coimbra 1820]
Ao corpo académico (poema), in Colecção de Poesias Recitadas na Sala dos Actos Grandes da Universidade [...], Coimbra 1821 [Recuper. por Martins de Carvalho, in O Conimbricense, Ano XXVII, nº 2823 (14 Ag.), Coimbra 1874]
O Dia Vinte e Quatro de Agosto (ensaio político), Lisboa Ano I (1821)
O Retrato de Vénus (poema), Coimbra Ano I (1821) [Incl.: Ensaio sobre a História da Pintura]
Catão. Tragédia, Lisboa Ano II (1822) [Incl.: O Corcunda por Amor, farsa, co-autoria de Paulo Midosi]
Aos Mortos no Campo da Honra de Madrid. Epicédio, folheto [reprod. do Jornal da Sociedade Literária Patriótica, 2º trim., nº 18 (13 Set.), Lisboa 1822, vol. II, pp. 420-423]
Oração Fúnebre de Manuel Fernandes Tomás, Lisboa 1822, opúsculo [Colig. in Discursos e Poesias Fúnebres [...], Celebradas para Prantear a Dor e Orfandade dos Portugueses, na Morte de Manuel Fernandes Tomás, Lisboa 1823]
Camões. Poema, Paris 1825
Dona Branca, ou A Conquista do Algarve (poema), Paris 1826
Da Europa e da América e de Sua Mútua Influência na Causa da Civilização e da Liberdade (ensaio político), in O Popular, jornal político, literário e comercial, vol. IV, nº XIX (Mai.), Londres 1826, pp. 25-81
Bosquejo da História da Poesia e da Língua Portuguesa, in Parnaso Lusitano ou Poesias Selectas dos Autores Portugueses Antigos e Modernos, vol. I, Paris 1826 [Incl.: introdução A Quem Ler]
Carta de Guia para Eleitores, em Que se Trata da Opinião Pública, das Qualidades para Deputado e do Modo de as Conhecer (ensaio político), Lisboa 1826, opúsculo Adozinda. Romance (poema), Londres 1828 [Incl.: Bernal Francês]
Lírica de João Mínimo, Londres 1829
Lealdade, ou a Vitória da Terceira (canção), Londres 1829, folheto Da Educação. Livro Primeiro. Educação Doméstica ou Paternal, Londres 1829
Portugal na Balança da Europa. Do Que Tem Sido e do Que Ora Lhe Convém Ser na Nova Ordem de Coisas do Mundo Civilizado (ensaio político), Londres 1830
Elogio Fúnebre de Carlos Infante de Lacerda, Barão de Sabroso, Londres 1830, folheto Carta de M. Cévola, ao futuro editor do primeiro jornal liberal que em português se publicar (panfleto político), Londres 1830 [Pseud.: Múcio Cévola, 2ª ed. transcrita in O Pelourinho, nº V, Angra [1831?, com o título Carta de M. Cévola, oferecida à contemplação da Rainha, a senhora Dona Maria segunnda]
Relatório dos decretos nº 22, 23 e 24 [reorganização da fazenda, administração pública e justiça], Lisboa 1832, folheto [Reprod. in Colecção de Decretos e Regulamentos [...], Lisboa 1836]
Manifesto das Cortes Constituintes à Nação, Lisboa 1837, folheto [Reprod. in Diário do Governo, nº199 (24 de Ag.), Lisboa 1837]
Da Formação da Segunda Câmara das Cortes. Discursos Pronunciados nas Sessões de 9 e 12 de Outubro, Lisboa 1837
Necrologia [do conselheiro Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato], in O Constitucional, nº 272 (13 Dez.), Lisboa 1838 [Relatório ao] Projecto de lei sobre a propriedade literária e artística, in Diário da Câmara dos Deputados, Vol. II, nº 35 (18 Mai.), Lisboa 1839
Discurso do Sr. Deputado pela Terceira, J. B. de Almeida Garrett, na Discussão da Resposta ao Discurso da Coroa, Lisboa 1840 [Discurso dito do Porto Pireu, em resposta a José Estevão] Mérope, tragédia.
Um Auto de Gil Vicente, drama, Lisboa 1841.
Discurso do Sr. Deputado por Lisboa J. B. de Almeida Garrett na Discussão da Lei da Décima , Lisboa 1841, folheto
O Alfageme de Santarém, ou a Espada do Condestável, Lisboa 1842
Elogio Histórico do Sócio Barão da Ribeira de Saborosa, in Memórias do Conservatório Real de Lisboa, Tomo II (8), Lisboa 1843
Memória Histórica do Conselheiro A. M. L. Vieira de Castro, biografia, Lisboa 1843, folheto [Anón., sobre o ministro setembrista António Manuel Lopes Vieira de Castro]
Romanceiro e Cancioneiro Geral, Lisboa 1843 [Incl.: Adozinda (2ª ed.) e outros «romances reconstruídos»]
Miragaia, Lisboa 1844, folheto impresso [de Jornal das Belas Artes] Frei Luís de Sousa, drama, Lisboa 1844 [Incl.: Memória. Ao Conservatório Real, lida na representação do drama no teatro da Quinta do Pinheiro em 4 de Julho 1843]
O conselheiro J. B. de Almeida Garrett [Autobiografia], in Universo Pitoresco, nº 19-21, Lisboa 1844 [Carta sobre a origem da língua portuguesa], ensaio literário, in Opúsculo Acerca da Origem da Língua Portuguesa [...] por dois sócios do Conservatório Real de Lisboa, Lisboa 1844
O Arco de Santana. Crónica portuense, romance, vol. I, Lisboa 1845 [Anón.]
Os Exilados, À Senhora Rossi Caccia, poesia, Lisboa 1845, folheto [Reprod. in Revolução de Setembro, nº 1197 (31 Mar.), Lisboa 1845, p. 2, anónimo e título A Madame Rossi Caccia, cantando no baile de subscrição a favor dos emigrados]
Memória Histórica do Conde de Avilez, biografia, in Revolução de Setembro, nº 1210 (15 Abr.), Lisboa 1845
Flores Sem Fruto (poesia), Lisboa 1845
Da Poesia Popular em Portugal, ensaio literário, in Revista Universal Lisbonense, Tomo V, nº 37 (5 Mar.) – 41 (2 Abr.), Lisboa 1846; [cont. sob título:]
Da Antiga Poesia Portuguesa, in id., Tomo VI, nº 9 (23 Jul.), 13 (20 Ag.), Lisboa 1846
Viagens na Minha Terra, romance, 2 vols., Lisboa 1846
Filipa de Vilhena, comédia, Lisboa 1846 [incl.: Tio Simplício, comédia, e Falar Verdade a Mentir, comédia]
Parecer da Comissão sobre a Unidade Literária, in Revista Universal Lisbonense, nº 16 (10 Set.), Lisboa 1846, vol. VI, sér. II, pp. 188-189 [dito Parecer sobre a Neutralidade Literária, da Associação Protectora da Imprensa Portuguesa, assinado por Rodrigo da Fonseca Magalhães, Visconde de Juromenha, A. Herculano e João Baptista de A. Garrett]
Sermão pregado na dedicação da capela de Nª Srª da Bonança, folheto, Lisboa 1847 [raro, reproduzido com o título Dedicação da Capela dos Srs. Marqueses de Viana (...) in Escritos Diversos, Lisboa 1899,
Obras Completas, vol. XXIV, pp. 281-284, redac.: Lisboa 1846]
Memória Histórica da Excelentíssima Duquesa de Palmela, Lisboa 1848 [folheto]
Memória Histórica de J. Xavier Mouzinho da Silveira, Lisboa 1849 [separ., reprod. de A Época. Jornal de indústria, ciências, literatura, e belas-artes, nº 52, tom. II, pp. 387-394]
O Arco de Santana. Crónica Portuense, romance, vol. II, Lisboa 1850
Protesto Contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa, abaixo-assinado, folheto, Lisboa 1850 [Subscrito, à cabeça, por Herculano e mais cinquenta personalidades, contra o projecto de «lei das rolhas» apresentado pelo governo]
Necrologia de D.ª Maria Teresa Midosi, in Diário do Governo, nº 221 (19 Set.), Lisboa 1950
Romanceiro, vols. II e III, Lisboa 1851
Cópia de uma Carta Dirigida ao Sr. Encarregado de Negócios da França em Lisboa, Lisboa (19 Agosto) 1852 [litogr., sobre o tratado de comércio e navegação com o governo francês, que assinou como ministro dos negócios estrangeiros]
O Camões do Rossio, comédia, Lisboa 1852 [co-autoria de Inácio Feijó]
Folhas Caídas, poesia, Lisboa 1853
Fábulas – Folhas Caídas, poesia, 2ª ed., Lisboa 1853
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