quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Almeida Garrett por Bulhão Pato: o jantar ao poeta

A época que decorreu desde a revolução do Minho até aos primeiros dias da regeneração, foi, aparte os anmos que seguiram desda 1834 até 1840, a época de maior movimento, de mais energia e sincero enthusiasmo de Portugal, nos nossos dias. 

Lisboa, Largo do Corpo Santo, A. E. Hoffman, c. 1833.

Em Coimbra, com o "Trovador", apparecera um grupo de moços, que, dentro da escola do seu tempo, revelavam condições de subido mérito.

Coimbra, Scenery of Portugal and Spain, G. Vivian, 1839.
Biblioteca Nacional de Portugal

Aparte os poetas, entre os quaes João de Lemos tinha o primeiro logar, cursavam a universídade rapazes como A. A. Teixeira de Vasconcellos, José Vicente Barbosa du Bocage, Casal Ribeiro, Manuel Maria da Silva Bruschi, Couto Monteiro, Rodrigues Cordeiro, Angusto Lima, Gonçalves Dias, Gomes de Abreu, um dos homens do partido realista que mais tenho presado pelo seu talento, pela sua illustração e principalmente pelo seu nobilissimo caracter.

Prompta a sacudir o jugo dos villãos que deshonravam os fastos da liberdade, de que eram filhos, tentando restaurar o passado, a mocidade de Coimbra, com alguns mancebos das outras escolas do reino, uniram-se no brioso batalhão académico, não desmentindo nem na abnegação, nem na intelligencia, nem no animo temerário, as tradicções d'aquelles que haviam perpetuado a fama do seu nome na Serra do Pilar e na Frecha dos mortos. 

No dia 1 de maio, no Alto Viso, vendo cair no campo, ás primeiras descargas, o seu intrépido commandante, Fernando Mousinho, alguns pagaram, com a vida, os louros ceifados no ardor do combate.

Vista de Setúbal, fotografia n° 18 do Album pittoresco e artistico de Portugal.
Biblioteca Nacional Digital Brasil

Como já disse n'este livro, o enthusiasmo, por esses tempos, respirava-se nos ares. 

Não ha nada mais fraterno do que a igualdade das crenças politicas, sobre tudo nos dias da adversidade. Nós os "patuléas pés frescos" tinhamos o nosso santo e a nossa senha. Onde se achava um em perigo, por encanto lhe apparecia o seu camarada, e, como irmãos siameses costas com costas, repelliam os assaltos dos sicários, frequentes nas praças e ruas da capital.

As letras eram para nós um culto, como sao, diga-se a verdade, para a juventude actual; porém os tempos tinham em si mais ardor e mais fervoroso enthusiasmo.

Era um bem o enthusiasmo de então? Será um mal a friesa de hoje? Bem e mal existirá em ambas as circumstancias, como fatalmente se dá em todas as cousas d'este mundo. 

Eu pinto uma época — que me faz saudade — posto tenha havido grande reviramento no meu espirito com relação ao modo por que pensava n'esse período da mocidade.

Na Ajuda, ponto de reunião, aos sabbados, dos homens e rapazes de letras, appareceu um dia Luiz Augusto Palmeirim [v. Os excêntricos do meu tempo], ufano por haver travado relações com um moço chegado havia pouco do Brazil. 

Lisboa, Ajuda, Eduardo Portugal, 1939.
Arquivo Municipal de Lisboa

Era um poeta esse moço. Não se inspirava só no amor da mulher; cantava as amarguras e attribulações do povo a que pertencia, com ardor, verdade, força e inspiração. 

Assignava-se "Poeta operário". Conhecia as rudes provações da vida. Tinha transposto os mares até ao Novo Mundo, deixando o lar e as afeições da infância. Partira desamparado e peregrino. Fortalecera-lhe o espirito o trabalho, e engrandecera-lhe a imaginação a magestade do Amazonas, por cujas margens se embrenhara, rompendo e entranhando-se nas florestas virgens, seculares, bravias e mysteríosas.

Voltara á pátria, pobre como saira, não podendo resistir ao seu pendor litterario, e com o fim principal de apertar a mao a Almeida Garrett, de quem recebera algumas palavras animadoras em resposta a uns versos que lhe enviara — quando andava forasteiro, vagabundo e scismador por aquellas remotas paragens.

Este poeta, meu velho amigo de ha tantos annos, era Francisco Gomes de Amorim, em cuja fronte coroada com os lauréis alcançados pelo seu bello talento, nâo faltam, infelizmente, os espinhos do martyrio de uma enfermidade pertinaz e cruel! Luiz Palmeirim, animo desafrontado das emulações e invejas, que roem lentamente as entranhas de tanta gente pequena, vinha offegante de contentamento. 

Francisco Gomes de Amorim (1837-1891).
Biblioteca Municipal Rocha Peixoto

Era mais um poeta, mais um amigo, mais um correligionário politico que elle nos apresentava. 

Leram-se os versos, que eram patrióticos e revolucionários. 

N'esse mesmo dia ficou concertado, entre nós, darmos um jantar ao poeta. 

Convidámos Garrett para presidir á festa. Foi um banquete verdadeiramente fraterno.

Havia, então, no largo do Corpo Santo, a casa de um italiano [Simone Mode], que dava magnificos jantares.

Lisboa, Largo do Corpo Santo, fotografia de C. P. Symonds, 1856.
Arquivo Municipal de Lisboa

Desempenhou-se d'essa vez o vatel florentino com o esplendor próprio do nome qae alcançara na pátria e augmentava no estrangeiro. 

Homens de todos os partidos figuraram na festa.

O poeta da "Lua de Londres" [v. Cancioneiro de José de Lemos] e do "Festim de Balthasar", representante das mais puras idéas do partido realista, estava ao pé de Lopes de Mendonça, representante da democracia. Haviam-se ensarilhado as armas nos arraiaes politicos [v. Memorias de litteratura contemporanea por A.P. Lopes de Mendonça]

João de Lemos estava n'esse tempo no verdor da mocidade. Era uma bella phisionomia; peninsular legitima. 

Cabellos e olhos negros, barba espessa e annelada; boca franca, sorriso aberto e gracioso;. magnifica testa, o porte e os ademâes dos homens do seu berço, do fidalgo de raça. Faiscavam-lhe os olhos com os raios do estro de um verdadeiro poeta. João de Lemos, pelo talento, primor de educação, rasgos de animo, nobreza, de caracter, é um dos homens mais notáveis de quem me ufano de ser amigo.

João de Lemos Seixas Castelo Branco, (1819-1890).

Garrett havia annos que tinha fechadas as portas do parlamento. 

Alguns dos circumstantes nunca o tinham ouvido. 

Levantaram-se diversos brindes. 

Carlos Bento da Silva teve um improviso brilhantíssimo. 

Garrett tomou a palavra no fim de todos.

A sua voz pausada, cheia, redonda, sonora, a elegância da phrase, que parecia correr dos lábios, como da penna pareciam correr os versos e prosas, logo aos primeiros períodos nos fez bater o coração.

O auctor do "Camões" dirigia-se á mocidade, debuxava os lances por que passara Portugal desde 1820 até aquella época, mas com tal arte que não feriu a minima susceptibilidade, e apellava para a juventude, como a que devia realisar a revolução principiada pela sua geração d'elle. 

Lisboa, Praça do Rossio no dia 1 de outubro de 1820. Entrada solene da Junta Provisória do Porto.
Imagem: Histórias com História

"Todos os dias, exclamava o poeta, com os bellos olhos, garços faiscantes de luz, todos os dias, n'essas folhas sibylinas chamadas jomaes, appareceuma estreia onde por vezes scintilla o génio d'esta mocidade que me cerca!... Nós fizemos o que podemos, e foi muito o que fizemos, mas a vossa obra tem de ser maior e mais perfeita."

E tinha e devia de ser... Porém a verdade è qae até hoje não o foi. N'esse dia se estreitaram mais os laços de sympathia entre o auctor das "Folhas Caídas" e Gomes de Amorim.

Lisboa, Largo do Corpo Santo em data posterior a 1859.
Arquivo Municipal de Lisboa

No lapso do tempo decorrido desde a noite d'essa festa até ao inverno de 1854, em que o visconde de Almeida Garrett expirou, a amisade entre o moço poeta e o grande mestre da tribuna e da scena, foi a mais leal, mais sincera e mais apertada. 

Garrett, comprazia-se em frequentar o quarto de rapaz de Gomes de Amorim, dando conselhos com tacto tão fino, decorando com suas próprias mãos o modesto aposento do seu joven amigo!

Havia um tanto ou quanto da solicitude paterna na afeição que Almeida Garrett votava a Gomes de Amorim.

E tem sido essa estima o brasão que mais presa, amda hoje, a nobre e reconhecida alma do poeta!

Como era elevada a figura do auctor de "D. Branca", na simpleza do trato, esquecido das suas grandezas — , que as tinha todas, as que mais se podem ambicionar n'este mundo — n'aqúelle quarto de rapaz, cercado dos seus  actores, que elle havia creado para a arte, como para gloria da pátria creara o theatro nacional, com o Alfageme de Santarém, Gil Vicente, Frei Luiz de Sousa, Filippa de Vilhena, a Sobrinha do marquez, e as Profecias do Bandarra. Em quantas cousas era grande o visconde de Almeida Garrett!

Grande na tribuna, grande no theatro, grande nos versos, e principahnente grande na singeleza e no gosto, que parece haver morrido com elle! 

Columbano Passos Manuel, Almeida Garrett, Alexandre Herculano e José Estevão, por Columbano, 1921.
Sala dos Passos perdidos do Parlamento.
Wikipédia

Sentia já no coração os primeiros rebates da morte; mas o animo, em vez de cair e agrear-se presentindo o termo das fátuas illusôes d'este mundo, alteava-se, tomando-se mais complacente, mais ameno, mais solicito em soccorrer com o conselho a todos quantos acudiam a elle nos primeiros e incertos passos da vida, tendo na fronte, com a estrella do talento, o cunho da desventura, apanágio fatal de todos os que se elevam acima do vulgar!

Lisboa, Largo do Corpo Santo, década de 1890.
Arquivo Municipal de Lisboa

Consolar é a primeira missão dos poetas. Até na satyra, castigando a prepotência dos mandões, consolam elles os que têm fome e sede de justiça! 

São os grandes médicos moraes da humanidade. E, como os médicos, também são implacavelmente abespinhados e calumniados! 

De medicina toda a gente sabe, e desdenha, e dá sentenças.  De versos não ha ninguém que não entenda, e raros os que não escarneçam do poeta.

Mas, quando adoecem do corpo, acodem ao doutor; quando enfermam da alma, soccorrem-se ao poeta. 

No dia em que se pilham curados chasqueam ímmediatamente do medico e do poeta. 

Barra de Lisboa vista do Caes do Sodré.
Internet Archive

É tão grato este mundo! (1)


(1) Bulhão Pato, Sob os Ciprestes, 1877

Artigos relacionados:
O partido setembrista, Lisboa 1836
Manoel da Silva Passos, Lisboa 1836
O retiro de um velho romântico
Almeida Garrett
Garretismo
Os pincéis do Neogarretismo prévio



Internet Archive (referências biográficas):
Domingos Manuel Fernandes, Biographia politico-litteraria..., 1873
Teophilo Braga, Historia do romantismo em Portugal... Garrett, Herculano, Castilho, 1880
Francisco Gomes de Amorim, Garrett, memórias biográficas, Tomo I, 1881
Francisco Gomes de Amorim, Garrett, memórias biográficas, Tomo II, 1884
Francisco Gomes de Amorim, Garrett, memórias biográficas, Tomo III, 1884
Alberto Bessa, Almeida Garrett no Pantheon dos Jeronymos, 1902
Alfredo de Pratt, O divino poeta, 1903
Latino Coelho, Garrett e Castilho, estudos biográficos, 1917

Internet Archive:(bibliografia):
Catão [1821], 2.a ed. 1830
Teophilo Braga, Obras completas de Almeida Garrett, Volume I, 1904
Teophilo Braga, Obras completas de Almeida Garrett, Volume II, 1904
...

Biblioteca Nacional de Portugal:
Bicentenário de Almeida Garrett
Roteiro bio-bibliográfico
Obras em formato digital
A Enciclopédia de Garrett Enciclopedista
Modernidade e Romantismo em Almeida Garrett
Viagens na Minha Terra: caminhos para a leitura de uma "embaraçada meada"
Modos de cooperação interpretativa na leitura escolar do Frei Luís de Sousa
A Question of Timing: Madalena's role as 'uma mulher à beira duma crise de nervos'
Catão em Plymouth
O Camões garrettiano
Um Auto de Gil Vicente and the Tradition of Comedy
Iconografia

Biblioteca Nacional de Portugal (bibliografia):
Hino Patriótico (poema), Porto 1820, folheto impresso [Recuper. por Teófilo Braga, in Garrett e os Dramas Românticos, Porto 1905]
Proclamações Académicos, Coimbra 1820, folhetos mss. [Reprod. in O Patriota, nº 67 (15 Dez.), Coimbra 1820]
Ao corpo académico (poema), in Colecção de Poesias Recitadas na Sala dos Actos Grandes da Universidade [...], Coimbra 1821 [Recuper. por Martins de Carvalho, in O Conimbricense, Ano XXVII, nº 2823 (14 Ag.), Coimbra 1874]
O Dia Vinte e Quatro de Agosto (ensaio político), Lisboa Ano I (1821)
O Retrato de Vénus (poema), Coimbra Ano I (1821) [Incl.: Ensaio sobre a História da Pintura]
Catão. Tragédia, Lisboa Ano II (1822) [Incl.: O Corcunda por Amor, farsa, co-autoria de Paulo Midosi]
Aos Mortos no Campo da Honra de Madrid. Epicédio, folheto [reprod. do Jornal da Sociedade Literária Patriótica, 2º trim., nº 18 (13 Set.), Lisboa 1822, vol. II, pp. 420-423]
Oração Fúnebre de Manuel Fernandes Tomás, Lisboa 1822, opúsculo [Colig. in Discursos e Poesias Fúnebres [...], Celebradas para Prantear a Dor e Orfandade dos Portugueses, na Morte de Manuel Fernandes Tomás, Lisboa 1823]
Camões. Poema, Paris 1825
Dona Branca, ou A Conquista do Algarve (poema), Paris 1826
Da Europa e da América e de Sua Mútua Influência na Causa da Civilização e da Liberdade (ensaio político), in O Popular, jornal político, literário e comercial, vol. IV, nº XIX (Mai.), Londres 1826, pp. 25-81
Bosquejo da História da Poesia e da Língua Portuguesa, in Parnaso Lusitano ou Poesias Selectas dos Autores Portugueses Antigos e Modernos, vol. I, Paris 1826 [Incl.: introdução A Quem Ler]
Carta de Guia para Eleitores, em Que se Trata da Opinião Pública, das Qualidades para Deputado e do Modo de as Conhecer (ensaio político), Lisboa 1826, opúsculo Adozinda. Romance (poema), Londres 1828 [Incl.: Bernal Francês]
Lírica de João Mínimo, Londres 1829
Lealdade, ou a Vitória da Terceira (canção), Londres 1829, folheto Da Educação. Livro Primeiro. Educação Doméstica ou Paternal, Londres 1829
Portugal na Balança da Europa. Do Que Tem Sido e do Que Ora Lhe Convém Ser na Nova Ordem de Coisas do Mundo Civilizado (ensaio político), Londres 1830
Elogio Fúnebre de Carlos Infante de Lacerda, Barão de Sabroso, Londres 1830, folheto Carta de M. Cévola, ao futuro editor do primeiro jornal liberal que em português se publicar (panfleto político), Londres 1830 [Pseud.: Múcio Cévola, 2ª ed. transcrita in O Pelourinho, nº V, Angra [1831?, com o título Carta de M. Cévola, oferecida à contemplação da Rainha, a senhora Dona Maria segunnda]
Relatório dos decretos nº 22, 23 e 24 [reorganização da fazenda, administração pública e justiça], Lisboa 1832, folheto [Reprod. in Colecção de Decretos e Regulamentos [...], Lisboa 1836]
Manifesto das Cortes Constituintes à Nação, Lisboa 1837, folheto [Reprod. in Diário do Governo, nº199 (24 de Ag.), Lisboa 1837]
Da Formação da Segunda Câmara das Cortes. Discursos Pronunciados nas Sessões de 9 e 12 de Outubro, Lisboa 1837
Necrologia [do conselheiro Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato], in O Constitucional, nº 272 (13 Dez.), Lisboa 1838 [Relatório ao] Projecto de lei sobre a propriedade literária e artística, in Diário da Câmara dos Deputados, Vol. II, nº 35 (18 Mai.), Lisboa 1839
Discurso do Sr. Deputado pela Terceira, J. B. de Almeida Garrett, na Discussão da Resposta ao Discurso da Coroa, Lisboa 1840 [Discurso dito do Porto Pireu, em resposta a José Estevão] Mérope, tragédia.
Um Auto de Gil Vicente, drama, Lisboa 1841.
Discurso do Sr. Deputado por Lisboa J. B. de Almeida Garrett na Discussão da Lei da Décima , Lisboa 1841, folheto
O Alfageme de Santarém, ou a Espada do Condestável, Lisboa 1842
Elogio Histórico do Sócio Barão da Ribeira de Saborosa, in Memórias do Conservatório Real de Lisboa, Tomo II (8), Lisboa 1843
Memória Histórica do Conselheiro A. M. L. Vieira de Castro, biografia, Lisboa 1843, folheto [Anón., sobre o ministro setembrista António Manuel Lopes Vieira de Castro]
Romanceiro e Cancioneiro Geral, Lisboa 1843 [Incl.: Adozinda (2ª ed.) e outros «romances reconstruídos»]
Miragaia, Lisboa 1844, folheto impresso [de Jornal das Belas Artes] Frei Luís de Sousa, drama, Lisboa 1844 [Incl.: Memória. Ao Conservatório Real, lida na representação do drama no teatro da Quinta do Pinheiro em 4 de Julho 1843]
O conselheiro J. B. de Almeida Garrett [Autobiografia], in Universo Pitoresco, nº 19-21, Lisboa 1844 [Carta sobre a origem da língua portuguesa], ensaio literário, in Opúsculo Acerca da Origem da Língua Portuguesa [...] por dois sócios do Conservatório Real de Lisboa, Lisboa 1844
O Arco de Santana. Crónica portuense, romance, vol. I, Lisboa 1845 [Anón.]
Os Exilados, À Senhora Rossi Caccia, poesia, Lisboa 1845, folheto [Reprod. in Revolução de Setembro, nº 1197 (31 Mar.), Lisboa 1845, p. 2, anónimo e título A Madame Rossi Caccia, cantando no baile de subscrição a favor dos emigrados]
Memória Histórica do Conde de Avilez, biografia, in Revolução de Setembro, nº 1210 (15 Abr.), Lisboa 1845
Flores Sem Fruto (poesia), Lisboa 1845
Da Poesia Popular em Portugal, ensaio literário, in Revista Universal Lisbonense, Tomo V, nº 37 (5 Mar.) – 41 (2 Abr.), Lisboa 1846; [cont. sob título:]
Da Antiga Poesia Portuguesa, in id., Tomo VI, nº 9 (23 Jul.), 13 (20 Ag.), Lisboa 1846
Viagens na Minha Terra, romance, 2 vols., Lisboa 1846
Filipa de Vilhena, comédia, Lisboa 1846 [incl.: Tio Simplício, comédia, e Falar Verdade a Mentir, comédia]
Parecer da Comissão sobre a Unidade Literária, in Revista Universal Lisbonense, nº 16 (10 Set.), Lisboa 1846, vol. VI, sér. II, pp. 188-189 [dito Parecer sobre a Neutralidade Literária, da Associação Protectora da Imprensa Portuguesa, assinado por Rodrigo da Fonseca Magalhães, Visconde de Juromenha, A. Herculano e João Baptista de A. Garrett]
Sermão pregado na dedicação da capela de Nª Srª da Bonança, folheto, Lisboa 1847 [raro, reproduzido com o título Dedicação da Capela dos Srs. Marqueses de Viana (...) in Escritos Diversos, Lisboa 1899,
Obras Completas, vol. XXIV, pp. 281-284, redac.: Lisboa 1846]
Memória Histórica da Excelentíssima Duquesa de Palmela, Lisboa 1848 [folheto]
Memória Histórica de J. Xavier Mouzinho da Silveira, Lisboa 1849 [separ., reprod. de A Época. Jornal de indústria, ciências, literatura, e belas-artes, nº 52, tom. II, pp. 387-394]
O Arco de Santana. Crónica Portuense, romance, vol. II, Lisboa 1850
Protesto Contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa, abaixo-assinado, folheto, Lisboa 1850 [Subscrito, à cabeça, por Herculano e mais cinquenta personalidades, contra o projecto de «lei das rolhas» apresentado pelo governo]
Necrologia de D.ª Maria Teresa Midosi, in Diário do Governo, nº 221 (19 Set.), Lisboa 1950
Romanceiro, vols. II e III, Lisboa 1851
Cópia de uma Carta Dirigida ao Sr. Encarregado de Negócios da França em Lisboa, Lisboa (19 Agosto) 1852 [litogr., sobre o tratado de comércio e navegação com o governo francês, que assinou como ministro dos negócios estrangeiros]
O Camões do Rossio, comédia, Lisboa 1852 [co-autoria de Inácio Feijó]
Folhas Caídas, poesia, Lisboa 1853
Fábulas – Folhas Caídas, poesia, 2ª ed., Lisboa 1853

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