Pátio da Escola de Belas Artes de Lisboa, António Ramalho, 1880 (descobre-se parcialmete o cimo da torre da igreja de S. Julião). Imagem: MNSR |
À esquerda, perfila-se parte da modesta construção que servia de atelier a Silva Porto (1850-1893) e que, anos mais tarde, após a morte do mestre, haveria de "herdar" [...]
Imagem: MNSR |
Uma fotografia tirada no mesmo local, anos mais tarde (em baixo), permite-nos observar como o sítio era na realidade e compreender como foi transformado na visão do pintor [...]
O pintor António Ramalho no atelier da escola de Belas Artes. Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa |
O trabalho com o pincel, em pequenas manchas, permitiu-lhe fazer sobressair o efeito visual da luz intensa sobre as velhas paredes gastas dos edifícios da cidade.
O pintor António Ramalho no atelier da escola de Belas Artes. Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa |
Esse tema assim como o da distribuição das cores complementares das portadas, definindo e harmonizando as duas metades verticais da composição, transformam-se, desta forma, no verdadeiro tema pictórico desta pequena obra.
O pintor António Ramalho à porta do atelier e a vista do pátio pintada por este em 1880. Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa |
No entanto, não resiste a introduzir uma pequena figura humana, sentada na soleira da porta, o que vem elucidar sobre a verdadeira natureza evocativa do local e, portanto, sobre a intenção naturalista das suas preocupações. (1)
(1) Alexandra Reis Gomes Markl, António Ramalho, Pintores Portugueses, Lisboa, Edições Inapa, 2004
Informação relacionada:
Ramalho Júnior, António Monteiro
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